segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

RESENHA: DIAS DE CHUVA

Ficha técnica
Autora: Carolina Mancini
Editora: Estronho
Ano: 2016 – PR
Gênero literário: drama, literatura nacional, literatura fantástica, ficção.
ISBN: 978-85-64590-94-6

A cada parágrafo além de ser uma leitura que prende o leitor, nos apresenta novas situações que deixa o leitor pensativo e surpreso como a autora consegue criar tanta situação complexa.
O livro trata de princípios que seguem a humanidade desde os primórdios: o bem x o mal, que tudo quando é conquistado com facilidade há um preço pela falta de esforço, famosa lei do retorno.
O mal não vem nos atentar de forma desgrenhada e feia, mas ao contrário ele é sedutor, belo, porque senão como conseguiria ludibriar aos que permitem por fragilidade e falta de fé, serem possuídos e conduzidos por aquele que veio dividir o mundo.
Mas o que me deixou triste e ao mesmo tempo sei que é uma realidade, a protagonista inicialmente por amor aceita a vida errônea de seu amado, conseguindo se livrar das garras do encardido que por maldade a deixou só, ela ao invés de viver o amor que venceu deixou seu coração ficar cheio da amargura, ouso dizer que ela se igualou a quem tanto odiou por faze-lá sofrer...
Como um livro com o titulo de dias de chuva pode conter tanta informação... Também me surpreendi... Confesso que não esperava nada do que fui magicamente transportada para o universo criado pela autora que não assusta e sim vai apresentando aos poucos situações novas e deixando o leitor já encantado pelo universo que não conseguirá abandonar até saber o fim.
Quando certa vez passei por uma situação muito difícil, minha mãe disse: “cuidado! Para não deixar os porquês te consumir, e veja tem que fazer uma escolha ou lutar pela saúde de seu filho que é um bebê, ou sentar na cruz e chorar, porém lutar não significa que não possa chorar porque você deve lembrar que mesmo sendo mãe é gente e está sofrendo.”.
Essa fala mudou minha vida. Pena que a protagonista tenha vivido tantas amarguras e deixado seu coração endurecido. Quando foram alerta-lá já era tarde demais, é Julia talvez não conseguisse ouvir os sinais que no seu caminho foram lhe dizendo que estava endurecendo demais.
Ou talvez ela precisasse de uma sacudida como minha mãe fez comigo assim que tinha sido notificada que meu filho de 35 dias deveria ser operado ontem porque corria risco de vida, e que deveria me preparar para o pior.
É Júlia além de uma mãe dura num momento duro eu sempre tive fé, uma frase famosa, mas que comigo é real: “... quem me segurou foi Deus!”.





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