RESENHA:
O HERDEIRO ENCANTADOR
Autora: Cinda Williams
Chima
Tradução: Angela
Tesheiner
Editora: Farol literário
Ano: 2016 – SP
Saga Herdeiros vol. 4
Gênero: literatura
internacional, literatura juvenil, literatura fantástica.
ISBN: 978-85-8277-061-0
Esse livro é muito
singular no seu enredo, pois mesmo contendo temáticas que são vividas, a autora
apresenta os “savants”, onde muitas características que se apresentam como
sequelas de um possível envenenamento, são reconhecido e muito pouco discutido
no meio dos profissionais da área da saúde, temos essas semelhanças assim como
outras...
A tendência à
genialidade, onde são muito sensíveis, ou seja, as emoções são plenamente
vividas na sua totalidade, facilidade com a música e artes em geral. Grande parte
do livro sempre tem um contexto musical relacionado e assim como os artistas
que fazem parte do grupo dos protagonistas, mas também a valorização do artesão
que constrói de forma única e singular guitarras... é o caso de uma de nossas protagonistas Emma.
Onde a história de uma
garota suburbana acaba se encontrando com a vida dura e sacrificada dos savants
que sobrevivem ao terrível acidente de envenenamento das águas. Emma perde
todos seus familiares que sabe que possui, assim como o que descobre que já havia
falecido se fazendo necessário viver novamente um luto, e uma sensação de
abandono, de recomeço e de atentado a sua vida, pois há um grupo de adultos que
ao invés de zelar pelos adolescentes ficam preocupados com suas rinchas pessoais,
colocando Emma no meio disto a fazendo correr risco de vida, graças a
curandeira que é aluna do Gabriel – Dulcarama salvam ela.
Através de seu amigo
Jonah. A história de Jonah também está relacionada a perdas e incertezas, ele
perde sua irmã que por conta da contaminação que ele sofrera atinge ela, o que
faz com que ele tenha de viver com uma culpa, pois na tentativa de salva lá
acaba matando-a. Já o seu outro irmão fica com sequelas irreparáveis... Mas a
genialidade o mantem vivo e a esperança de conseguir conter o fogo que ele
produz quando convulsiona.
Estas duas histórias se
assemelham e se trombam em determinado momento do livro, o que faz a adrenalina
ir às alturas, eu li o livro durante dois dias e meio porque você encontra dois
adolescentes precisando de cuidados, gritando por um colo materno e isso lhe
foi tirado brutalmente.
Além de ter a parte
onde começam a lidar com as crianças que ficaram com sequelas de forma
desumana, quantas vezes não presenciamos ou não somos preconceituosos com o que
é diferente. Estamos no século XXI e as pessoas não sabem lidar com epiléticos,
muitos ainda acreditam que se contaminaram através da saliva, porém ninguém se
questionou se é fácil viver sem ter domínio de seu corpo? Não poder fazer
coisas simples, mas de grande valia, como morar só? E como fica o corpo deles
após uma convulsão? Há algum mal estar? O mesmo fazia com o Kenzie irmão de Jonah,
por isso a dificuldade de lidar com o outro.
Apesar de estes
adolescentes serem seres dotados de poderes por muitos desejados, e habilidades
muito uteis para as aventuras e as missões determinadas pelo tutor deles
Gabriel, que é o dono de uma escola para dotados, mas isso gera consequências físicas
e estes alunos tem que começar a desvendar o mistério da água envenenada pelos
magos. O mistério do massacre do Monte do Espinhadeiro, uma comunidade Weir que
se localizava no Brasil.
Bom, agora vou
ajuntando os pontos e espero que vocês leitores tenham ficado curiosos ou
preocupados com minha sanidade.
Os protagonistas deste
livro são seres dotados de algumas habilidades, ou feiticeiros, curandeiros,
magos, encantadores ou como um deles que tinha todas as habilidades e elas lhe
eram capacitadas com treino, mas muitas vezes surgiam de acordo com a
necessidade do momento.
Porém tenho uma notícia
triste... Para nós, mas também muito deliciosamente boa de saber, as
desventuras e aventuras dos adolescentes weirs começaram deixaram um desejo de
saber como tudo acaba, mas estamos apenas no primeiro volume, tem muita coisa
para acontecer e muita coisa a ser esclarecida.
O interessante
que o fantástico tem mais temáticas reais que imaginamos... Que venham os outros
volumes... Por mim tiraria uma semana, duas se preciso para conhecer de perto
as aflições e dilemas destes personagens que me conquistaram... Já estou com saudades...
Até breve!
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