RESENHA:
COMO EU ERA ANTES DE VOCÊ
Autora: Jojo Moyes
Editora: Intrínseca
Ano: 2016 – RJ
Gênero: romance inglês,
drama, literatura estrangeira.
IBSN: 978-85-8057-815-7
Will tem a vida bem
sucedida, um relacionamento que lhe satisfaz, um acidente faz tudo ruir, além
de fazer com que ele se torne totalmente dependente de outra pessoa para
executar as tarefas mais simples e corriqueiras como comer, ir ao banheiro,
entre outras.
De outro lado temos Louisa,
que não se permite sonhar e lutar pelos seus sonhos, ficou presa quanto às provisões
financeiras da casa, em ter que ajudar com o sustento da família e nisto os
anos se passam e ela não sai da rotina trabalho x casa, além de que sua única distração
e saída social era ir trabalhar, logo trabalhar era prazeroso e não um sacrifício
levando em conta sua restrita e limitada vida por conta da sua dedicação exclusiva
a família. Seu namorado é apenas mais um que ela faz a vontade, a forma como se
coloca perante as pessoas é de grande submissão e porque perguntar o que de
fato ela quer ou gosta, já que ela mesma não luta nem demostra ambição para com
as suas realizações e conquistas.
A vida faz com que os
dois tenham que conviver um porque precisa dos serviços de Louisa e ela porque
precisa do seu salário para ajudar a manter a família que passa por uma crise
financeira.
Porém tem um elemento
que ambos não levam em conta, o quanto um acaba completando o outro e ensinando
pequenas-grandes coisas nunca vividas, diria que são alma que se completam.
Creio que o ponto mais
complexo: é quando Clark como Will sempre a chamou além de terem se apaixonado
e cultivado um afeto tão forte entre si que quando ela descobre os projetos não
muito bons de Will. Gera uma frustração e um sentimento de traição, mas também um
desejo incontrolável de provar que viver ainda vale a pena mesmo com limitações.
Porém Will deixa claro
que as dores no corpo o incomodam, a limitação também, mas deseja-la e não poder
ter Clark do jeito que ele ousou num momento de “fraqueza” desejar, sonhar como
a vida dele poderia ser menos complexa. Isso faz dele uma pessoa que a dor da limitação
de seus sonhos e desejos o condene a única solução racional...
Ainda Will tinha todo
um suporte de médicos, fisioterapeutas, cuidadores etc. Sua condição financeira
e de sua família permitia e quem fica tetraplégico e não possui tantos recursos?
Temos que relevar também
que a dor não é algo que possa ser medido, pois a mesma situação para pessoas
diferentes geram reações diferentes.
Tem muitas situações embaraçosas,
hilárias e também interessantes e deixo você, degustar sozinho e tirar deste
livro muitas lições valiosas para o VIVER. Eu não comentei antes e não fiz questão
de dar enfoque, é importante pensar no sentimento de pena e no preconceito que
a sociedade descaradamente faz distinção para cadeirantes e não cadeirantes.
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